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quarta-feira, 21 de julho de 2010

SELF I

É jargão dizer que temos que passar por provas para entender como funciona a vida, ou como são as engrenagens desta máquina (Vida) que nós, burros humanos, tentamos entender até o detalhe...Por quê não conseguimos, ao menos por alguns momentos, dar razão aos nossos instintos e simplesmente seguir adiante, como fazem os animais e todas as representações que vemos na natureza ?...Afinal, alguém já não viu uma árvore que ao encontrar um obstáculo no meio do caminho, ao invés de deixar de crescer,  simplesmente contorna o objeto e continua crescendo, e crescendo...Conhece algo assim?

 

Por quê o ser humano, tem a incrível mania de não aceitar uma coisa tão clara como a intuição e aquele sentimento de gostar ou não de uma coisa pelo instinto ? Por quê temos a mania de racionalizar até o último fio de cabelo, para depois de muitos anos, descobrirmos que a vida tem e sempre teve uma parcela de rio em sua natureza. A vida é fluida. O sentimento é fluído, e se for racionalizado em seu todo, morre. Deixa de seguir um curso natural e se torna uma represa. E tal qual uma represa, afoga toda a vida que existe dentro dela, para fornecer outra coisa que achamos que é totalmente necessário. A eletricidade, ou nesse caso, a razão.

 

O ser humano busca, como em todos os seus métodos e ações, entender essas ações, e assim, muitas vezes transmite essa necessidade para o campo dos sentimentos, transformando o amor, o carinho, a raiva, a saudade, em coisas fáceis de entender através de fórmulas, preconceitos e paradigmas, que não foram criados por eles, não foram aceitos por eles, mas, que acreditam que devem seguir, pois “as coisas sempre foram assim”.

 

 Que Homem ou Mulher, busca olhar para si mesmo, ao menos algumas vezes ao dia, e entender que o que sentimos não precisa ser renegado ou censurado, simplesmente por não estar de acordo com as tortas regras criadas pela humanidade, que mata, rouba, danifica e não pensa ? Que Homem ou Mulher, realmente se respeita ao ponto de entender que as necessidades da mente devem ser saciadas, para que a mente possa se expandir ao seu limite e assim permitir que o caminho do aprendizado se torne mais fácil e limpo. Isso não exclui a necessidade que as nossas ações sejam pautadas na bondade  e em sua relevância para o todo, mas, podemos ter certeza absoluta de que seria muito mais fácil compreender a humanidade, e o ambiente que vivemos, se houvesse o mínimo de tentativas para olhar para dentro e se permitir, no sentido amplo da expressão,  por algumas vezes.

 

Se tornar uma árvore é fácil. Basta crescer, se alimentar do solo, e fornecer uma sombrinha que podemos dizer que você se tornou uma árvore, mas, será que seria capaz de criar raízes que desestabilizassem um solo de concreto em analogia a uma realidade racional, permitindo o surgimento de uma nova face dessa mesma árvore, mas, com a mesma representação ? Podes ser uma árvore frutífera, que alimente muitos e que além de fornecer sombra, seja guardiã de inúmeras lembranças das vidas de outras pessoas? Isso é o mais difícil, e talvez a parte mais difícil do desafio da emoção contra a razão. Se transformar em outro, sendo você mesmo.

 

 

 

 

 

 

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